Depois de ser indicado ao prêmio de melhor ator por seu papel na peça The Glass Menagerie, atualmente em cartaz em Londres. Brian J. Smith fala um pouco sobre seu trabalho, sua mais nova nomeação e apresenta curiosidades como seu primeiro salário e em como ele lhe ajudou, tudo para o portal cultural London Calling.
“Estar sendo assombrado pelo passado é algo que eu estou criativamente ligado” – Uma entrevista com Brian J. Smith
Fãs de ficção cientifica podem já estar familiarizados com o Texano Brian J. Smith. Ele tirou sua grande pausa do tenente Matthew Scott no drama militar de ficção cientifica Stargate Universe, e apareceu no aclamado drama da netflix a série Sense8 como Will Gorski, um policial assombrado por um passado difícil. Ele agora está focando seus esforços no palco, tendo acabado de ser indicado para um prêmio do Olivier Award por seu papel como The Gentleman Caller na adaptação de John Tiffany de The Glass Menagerie, que fez a transição de uma corrida de sucesso na Broadway para o teatro West End em Londres. Uma produção evocativa e visualmente rica, é uma fiel e ainda imaginativa interpretação da clássica e memorável peça de Tennessee William. nos conversamos com Brian sobre a produção, os papeis que inspiraram ele e a surpreendente compra que ele fez com o seu primeiro salário de atuação.
London Calling: Você foi nomeado para o Olivier por sua primeira performance em The Glass Menagerie, o que parece muito animador! Como está sendo trabalhar nessa produção?
Brian J. Smith: Nós temos 7 nomeações pela peça, e todos nós fomos agradávelmente surpreendidos. É uma produção americana e uma peça americana, e você nunca sabe como isso vai ser recebido. É ótimo ver o quão caloroso Londres tem sido em relação a nós e o show.
Tem estado dentro e fora da minha vida pelos últimos três anos agora. E eu ouvi que eles queriam levar para Londres e me perguntaram se eu queria ir. Foi engraçado porque eu não estive nos palcos por 3 anos entre o fechamento na Broadway e trazendo para cá. Nós todos fizemos um trabalho realmente bom em tentar manter fresco enquanto do jeito que sempre foi.
London Calling: Como você se preparou para o papel de The Gentlemen Caller?
Brian J. Smith: Eu lembro de ver um monte de fotografias e escutar musicas daquele tempo. Eu li muitos livros e biografias de Tennessee William e tentei descobrir onde exatamente ele estava quando escrevia isso.
E trabalhar com John Tiffany, que teve essa magia, ainda uma gentil e profunda conexão por fazer essa peça – ele foi responsável por fazer esses personagens criar vida. Eu não posso te falar o quão animador é toda noite subir naquele palco e “nadar ao redor desse suco” – as luzes, o set, o fato de ser uma memorável peça. Ele fez um tremendo de um bom trabalho em nos manter criativos e inspirados, e nos empurrar para realmente interessantes direções.
Ele me deixou trazer muito da minha própria estranheza para o papel também. Ele é esse jovem homem que tem que viver com tanto e tantas coisas diferentes, mas ultimamente ele está triste, neurótico e de alguma forma é um jovem homem quebrado. De algum jeito eu acho que a performance é uma das coisas mais estilizadas que eu já apresentei, mas de outro modo, a mais pessoal.
London Calling: Qual papel você acha que você mais aproveitou em toda a sua carreira?
Brian J. Smith: Uma grande foi Stargate Universe, um tempo atrás. Aquele foi meu primeiro grande trabalho, o primeiro em que eu pensei “Oh meu deus, alguém está me pagando para atuar” Eu posso pagar meu empréstimo estudantil e viver com um pouco de dignidade. A primeira coisa que fiz com aquele pagamento foi comprar um pacote de roupas de baixo e de meias porque todas as minhas tinham furos! Realmente me salvou de algum jeito. Em vários jeitos, foi o trabalho que mais teve significado para mim.
London Calling: Existe algum tipo de papel que você foi particularmente atraído?
Brian J. Smith: Eu acho que muda com o tempo. Teve um momento quando eu tinha 20 em que eu estava certamente interessado por papéis de militar. Eu tive alguns militares na família, e eu acho que talvez eu senti uma vergonha masculina por não ter ido por mim mesmo, invés de fazer o que qualquer homem sensível do Texas faria! Agora, estou um pouco interessado por papéis em que caras estão olhando para o passado de suas vidas, e começam a fazer um balanço de quem são. Eu acho que esse sentido de estar sendo assombrado pelo passado é algo que eu estou criativamente ligado, que certamente é o caso de The Glass Menagerie.
London Calling: Você está aproveitando passar todo esse tempo em Londres, o que você acha da cidade e existe alguma coisa que você particularmente gosta de fazer aqui?
Brian J. Smith: Você presta muita atenção na sua energia quando você está em uma peça, então eu tendo para manter isso bem simples. Eu fui colocado bem aqui em Covent Garden, e realmente eu gosto apenas de andar em torno das ruas com algum café e pessoas assistindo. Eu poderia apenas sentar do lado de fora da minha varanda o dia todo! Eu também entrei no techno quando estava filmando em Berlim, e eu amo Fabric, é o único lugar que eu posso encontrar o mesmo techno que eles tocam em Berlim.